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 MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO CRISTÃ
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NO LIMIAR


Chegou um novo tempo – gritou João Batista – O Reino de Deus aproximou-se. O Reino não é qualquer coisa, é “o governo de Deus sobre suas criaturas” que livremente o acolhem. Essa adesão não é outra coisa, se não “o novo nascimento da água e do espírito”, o novo nascimento. Para muitos, isso seria a conversão e a renovação do homem. Mas, estamos vivendo em sociedade cuja cultura, na sua expressão máxima se opõe aos valores do Reino de Deus, a esta oposição o novo testamento chama de “mundo”. O mundo é a somatória de todos os contra valores que a sociedade coloca em oposição aos de Deus.

Qual seria então o papel dos cristãos que vivem neste mundo? Ser um sinal profético da “viabilidade das praticas dos valores do Reino de Deus”. Mas, nós seres humanos frágeis, inclinados pela concupiscência ao pecado, com hábitos, pensamentos “maus”, não podemos sem “esforço” e sem o auxilio da “graça de Deus”, viver tais valores. Somos seres espirituais, e nossa vocação e chamado é a busca da vivencia da santidade e da perfeição cristã. Porém, isto não acontece num passe de mágica, requer de todos, um continuo esforço pessoal, exercício e disciplina. A graça de Deus não dispensa de nenhuma forma a cooperação humana, isto é, liberdade e graça caminham juntas.

Contudo, todos precisamos “crescer na graça”, isto é, crescer espiritualmente, e quando falamos de crescer espiritual, não falamos de algo alienante, sem encarnação na vida, pelo contrário é “viver a verdadeira vida”. A vida espiritual não é outra vida, é sim a verdadeira vida, do qual nossa existência verdadeiramente é chamada e encontra seu verdadeiro sentido. Nisto também é importante dizer que, a raiz de toda a renovação cristã, está ontologicamente no batismo sacramental. É nele que todos nós recebemos a vida nova, a justificação, a regeneração, o perdão dos pecados e a renovação do homem interior. Ontologicamente “somos santos”. Mas, é nosso dever responder a essa nova vida, vivê-la, permitir que essa vida sobrenatural assuma uma posição de liderança, não para nos tornar “super cristãos”, mas, pelo contrário, para vivermos e agirmos da forma de Deus.

Sendo assim, em sociedade carente de verdadeiros símbolos de santidade, de profetas da vida cristã, o caminho cristão é “se não a conformação a imagem de Jesus”, seguir seus passos e seus vestígios. Isto somente será possível pelo caminho do discipulado cristão. O verdadeiro seguimento de Jesus é muito mais profundo do que simplesmente confessar uma crença ou participar de um seguimento religioso. Os cristãos precisam ser treinados a viver em “interação” com a graça de Deus. Esse “interagir” com Deus passa por uma verdadeira vida de “piedade e devoção”, em outras palavras, numa vida de oração profunda, na vida mística e contemplativa.

Hoje o secularismo inverteu muitos valores dentro da própria comunidade cristã. Contudo, não podemos negar a existência da sociedade “pós-moderna”, mas, é imprescindível que busquemos responder a essa sociedade, seus profundos anseios e questionamentos, não negando os valores do passado e nem os de hoje, mas a busca de harmonizar passado e futuro. É neste circulo de ação, que nasce a esperança de “emergir” não um novo cristianismo, mas um cristianismo renovado, que se proponha a levar, a partir de uma visão ampla, das diversas tradições, um cristianismo que faça a convergência destas formas complementares de viver o ser cristão hoje.