Introdução

Sede pois perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,48).

                1 O que é ser cristão para você? Para muitos é apenas participar de uma religião. Contudo, ser cristão quer dizer “seguir a Jesus”, ou em outras palavras: Ser discípulo, aluno, aprendiz de Jesus.

                2 Essa seria a definição mais acertada. Mais ao observarmos estes dois mil anos de história cristã, percebemos enormes equívocos que foram e estão sendo cometidos. Muitos abandonaram as fontes apostólicas e se lançaram em filosofias e pensamentos distorcidos. O que de fato aconteceu ou acontece? Por que de maneira especial os cristãos católicos continuam a viver uma espécie “genérica ou similar” de cristianismo?

                3 Para responder a essa pergunta, se faça outra: Por que existem analfabetos no Brasil? A resposta obvia é que estes não foram educados, não tiveram escola, ou oportunidade de estudar. A mesma coisa se diga na igreja. A catequese recebida foi insuficiente. Não recebemos uma educação espiritual, uma formação espiritual adequada. Não fomos ensinados a como seguir Jesus, apenas nos disseram “o que” e não o “como”.

                4 Não temos hoje uma teologia pratica. Nossa teologia hoje é apenas acadêmica, e na maioria das vezes, baseada numa visão liberal. Com isso temos um cristianismo barato, água com açúcar. Sem nenhum compromisso do “seguimento de Jesus”. Seguir Jesus virou sinônimo de seguir algum grupo, congregação, movimento ou coisa semelhante.

                5 Falei agora a cima da Teologia Pratica. Ela é a área que cuida da catequese, do discipulado. Sua missão é exatamente orientar para vivencia da pratica do cristianismo. O cristianismo é uma doutrina pratica, não é algo simplesmente filosófico. Seu fundamento é “experiencial”.

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muitos amados” (Ef. 5:1).

                6 Como ser imitadores de Deus? Mais, Paulo diz exatamente isso. A psicologia nos ensina que, nos primeiros anos de vida, a criança aprende as coisas por “imitação e assimilação”. A criança reproduz as coisas, repete. A criança absorve e se apropria do que vê, sente ou percebe. É exatamente isso. Em outras palavras a “criança é treinada” naturalmente. A palavra “mimeomai”, vem do grego, e significa fazer “mímica”, da se origina a outra palavra “mimete”, imitador.

Quanto mais o Cristão consegue se tornar semelhante ao Seu Semblante divino, mais profunda será a sua mística união com Ele. O Senhor Jesus Cristo nos disse: “Se alguém me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e nós viremos a ele, e faremos nele morada” (João 14:23). A meta da vida é de se tornar “participante da natureza divina” (2 Ped. 1:4) (Bispo Alexandre Mileant, da Igreja Católica Ortodoxa).

                7 Essa é a meta cristã. Este processo dependerá do “biótipo” espiritual de cada pessoa. Conduto, nossa cooperação com a graça de Deus é fundamental. Nenhum crescimento espiritual acontecerá em pessoas preguiçosas, inertes, que não buscam esforçar-se no caminho da perfeição. Por isso, precisamos descobrir os “meios” para que nossa cooperação produza o efeito desejado.

                8 Você sabe o que é “interagir”? É inter – ação, inter – agir, inter – atuar. Isto é, atuar juntos, agir juntos. Tem que haver uma “sinergia” com Deus. Por isso Paulo diz que devemos crescer na Graça.

9 Somos todos seres espirituais. We have physical bodies, but our lives are largely driven by an unseen part of us. Nós temos um corpo físico, mas nossas vidas são em grande parte impulsionada por uma área invisível a nós. There is an immaterial center in us that shapes the way we see the world and ourselves, directs the choices we make, and guides our actions. Há um centro imaterial em nós, que molda a nossa forma de ver o mundo e a nós mesmos, direciona as escolhas que fazemos, e guia as nossas ações. Our spirit is the most important part of who we are. Nosso espírito é a parte mais importante de quem somos. And yet we rarely spend time developing our inner life. E ainda que raramente gastemos tempo desenvolvendo nossa vida interior.

10 A bíblia fala centro atribuindo a ele o nome de “coração”.  That's what spiritual formation is all about. É o centro do ser de cada pessoa. O coração é o centro das decisões, dos pensamentos, das atitudes, da vontade, dos sentimentos e emoções. Porém, ao falar do “espírito humano”, a bíblia o diferencia da dimensão anímica, colocando-o como o ápice da “relação do homem com Deus”, diríamos que é o “centro divino” do ser humano.

11 Por isso, ao falarmos de “vida espiritual” não estamos falando de outra vida, ou de algo separado da vida hodierna, da vida normal. A vida espiritual é a nossa vida real. Pois ela é uma qualidade de vida elevada. Nossa, interioridade, ou como chamou Paulo, nosso “homem interior”. É esse nível de vida que precisa ser moldado, trabalhado e formado. Caso contrário estaremos profundamente descentralizado da real vida que fomos chamados a viver.

12 Formação Espiritual é um processo, mas é também uma viagem através dos quais abrimos nossos corações para uma conexão mais profunda com Deus. We are not bystanders in our spiritual lives, we are active participants with God, who is ever inviting us into relationship with him. Nós não somos espectadores em nossa vida espiritual, somos participantes ativos com Deus. Daí, que hoje nesta sociedade pós-moderna somos cada dia desafiados a dar uma resposta firme.

13 Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10:10). We at Renovaré believe that such abundant life is possible here and now, because Jesus showed us the way to it. Estamos em Renovação e acreditamos que a vida abundante, é possível aqui e agora, porque Jesus nos mostrou o caminho para ele. As we take on the life of Jesus – become like him – we experience a richness in life and faith that is truly renewed day by day (Col. 3:10). Como nós tomamos a vida de Jesus - tornar-se semelhante a ele - nós experimentamos uma riqueza de vida e de fé que é verdadeiramente renova de dia em dia (Col. 3:10).

“Deste modo, cercados como estamos de tal nuvem de testemunhas, joguemos fora todo peso e o pecado que nos assedia. Corramos com perseverança para o combate que nos cabe, de olhos fitos no autor e consumador da fé, Jesus. Em vista do gozo, que se lhe oferecia, suportou a cruz sem fazer caso da ignomínia e está sentado à direita do trono de Deus” (Hb. 12:1-2).

              14 Cristo — o ideal de Perfeição. Nos melhores momentos da vida, quando estamos inspirados para viver uma boa vida, amar a todos e a tudo, fazer boas coisas, não podemos encontrar melhor exemplo a seguir que nosso Senhor Jesus Cristo. Os mais dignos homens de todas as épocas, profetas, apóstolos, mártires, ascetas e outros campeões da fé, todos brilham com a beleza da fé que vêm de sua imitação de Cristo. “Pois todos vós que fostes batizados em Cristo, revestiste-vos de Cristo” (Gal 3:27; veja também 4:19). Assim como o arco-íris exibe diferentes cores, reflexos dos raios do sol, cada cristão deveriam refletir a beleza espiritual do Cristo.

                15 Cada um de nós pode imitar Cristo da seguinte maneira:

·        Querendo que todo os nossos pensamentos, desejos, palavras e ações sejam direcionadas à glória de Deus, com profundo amor por Ele brotando do fundo de nosso coração, desejando estar n’Ele.

·        Tentando fazer tudo o que Deus aprova e ordena, em completa obediência a Ele, rejeitando tudo o que Ele proíbe, mesmo se sacrificando-nos para sermos fiéis.

·        Vivendo humilde, honesta e castamente, moralmente puros e sem escândalos, trabalhando para crescer espiritualmente através de boas ações.

·        Tendo compaixão pelas pessoas e suas dificuldades, aceitando suas falhas como nossas próprias falhas, sua felicidade como nossa felicidade, estando prontos a ajudar os que necessitarem, mesmo em prejuízo próprio.

·        Cultivando amor por todas as pessoas – não por aqueles com quem simpatizamos ou que são bons para nós, mas mesmo por nossos inimigos – e com humildade. Aceitando insultos e injustiças, e perdoando-os, assim como Jesus nos perdoa.

·        Orando sem cessar: “Estando em agonia, rezou mais intensamente. E seu suor tornou-se como espessas gotas de sangue a escorrer pelo chão” (Lucas 22:44).

           16 Apesar dos pecados, não devemos desesperar. Todos os santos falharam e sofreram todo tipo de tentação: quando caíam, levantavam-se de novo pelo arrependimento. É maravilhoso que com a ajuda de Deus, eles alcançaram níveis espirituais elevados, juntando sabedoria e experiência para ajudar outros a segui-los no caminho da regeneração espiritual. O Senhor mesmo quis dar provas de que eles seguiam a verdade, ao dar-lhes o Dom dos milagres e da previsão do futuro. Pobres, ricos, camponeses, reis, estudiosos e escravos compõem esta multidão de santos, todos tendo uma coisa em comum: o desafio cristão. Todos passaram pela porta estreita criada por Cristo, todos voluntariamente se abstiveram do prazer carnal a eles oferecidos, e todos “crucificaram a carne com suas paixões e desejos” (Gal 5:24 e Rm 6:6).

           17 Tomemos como exemplo a valorosa e corajosa vida do apóstolo São Paulo. Notas autobiográficas estão espalhadas através de seus escritos, que nos permitem entender seus profundos motivos e esforços. A missão que Deus lhe confiou requeria renúncia total de si mesmo. Dado que Paulo enfatizou a fé, pode parecer ao olhar alheio que proezas espirituais não fossem necessárias. Os protestantes sempre usam os escritos de Paulo como evidência do que eles erradamente ensinam, ou seja, de que a desafio espiritual é desnecessário, pois dizem que a fé é suficiente para a salvação. No entanto, segundo suas próprias palavras, Paulo freqüentemente se encontrava “em trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez” (2 Cor 11:27).

           18 Para conscientemente crescer, Paulo “treinava” continuamente com exercícios espirituais, vivendo a vida como se estivesse competindo em Olimpíadas. “Não sabeis,” escreve em sua primeira carta aos coríntios, “que os que correm no estádio correm todos, mas só um alcança o prêmio? Correi, pois, de modo que o alcanceis. E quem se prepara para a luta abstém-se de tudo, e isso para alcançar uma coroa corruptível; porém nós, para alcançarmos uma incorruptível. E eu corro, mas não vou sem direção; eu luto, mas não como quem dá socos no ar. Porém castigo meu corpo e o domino, para que não suceda que, tendo sido arauto para os outros, venha eu a ser reprovado” (1 Cor 9:24-27).

           19 Evidentemente, ele viveu assim por considerar ainda não ter alcançado o cume da perfeição espiritual; portanto, ele sabia que era chamado a consegui-la. “Não pretendo dizer que já alcancei e cheguei à perfeição. Mas eu corro para alcançá-la uma vez que também eu fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro uma coisa: esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente, corro para a meta, para a coroa da vocação nas alturas de Deus em Cristo Jesus. E todos nós que nutrimos o ideal da perfeição, tenhamos estes sentimentos. E, se em alguma outra coisa tendes outro sentir, Deus vos há de esclarecer. Em todo caso, seja qual for o ponto já alcançado, o que importa é prosseguir no mesmo rumo. Irmãos, sede meus imitadores e olhai para quem vive segundo o modelo que vos demos” (Filipenses 3:12-17).

           20 Sem dúvida, o apóstolo Paulo entendeu o verdadeiro cristianismo bem melhor que muitos líderes de hoje. Se voluntariamente tornou-se escravo dos desafios, foi por saber serem necessários ao crescimento espiritual. “Eu vos exorto, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o vosso culto espiritual” (Romanos 12:1). Ele escreveu muito a seus contemporâneos cristãos exortando-os a seguirem seu modo de vida. (Fil. 3:17; 2 Ts 3:7; Hebreus 13:7).

           21 Surge, então, esta elementar verdade: devido ao pecado, estado deteriorado de nossa natureza, a alma e o corpo permanecem em constante batalha. Quando o corpo está saciado, o poder espiritual declina e torna-se diminuído, fraco e sem força. Quando o homem voluntariamente controla e diminui o poder do corpo, sua força espiritual é incrementada. Antigos pensadores descobriram que tornar-se mais forte espiritualmente e rejeitar o prazer corporal imediatamente reforça a riqueza espiritual dentro de nós. O que perdemos fisicamente, ganhamos espiritualmente.